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Foto do escritorGetulio Tamid

Os efeitos psíquicos do grito na criação dos filhos




A criação de filhos é um desafio repleto de momentos de alegria, mas também de frustrações e desgastes emocionais. Em meio à rotina caótica e às demandas constantes, é comum que pais se sintam pressionados e recorram a gritos como forma de disciplinar ou expressar suas emoções. No entanto, essa atitude, embora pareça uma solução rápida, pode ter consequências negativas a longo prazo para o desenvolvimento das crianças e para a dinâmica familiar.


Os Impactos Negativos de Gritar com os Filhos


  • Dano emocional: Gritar gera medo, ansiedade e baixa autoestima nas crianças. Elas podem se sentir humilhadas, envergonhadas e até mesmo traumatizadas por episódios frequentes de gritos. Esse tipo de tratamento pode prejudicar a autoconfiança e a capacidade de lidar com emoções difíceis no futuro.


  • Ineficácia na disciplina: Gritar não é uma forma eficaz de disciplinar. Na verdade, pode ter o efeito oposto, aumentando o comportamento desafiador da criança. Quando se sentem ameaçadas ou acuadas, as crianças tendem a se retrair, se rebelar ou se tornar ainda mais desobedientes.


  • Desgaste do relacionamento: O uso frequente de gritos deteriora a qualidade do relacionamento entre pais e filhos. A comunicação se torna hostil e baseada no medo, dificultando a construção de laços de confiança e afeto.


  • Modelo negativo de comportamento: As crianças aprendem com o exemplo dos pais. Ao presenciarem adultos gritando, elas internalizam esse comportamento como forma natural de resolver conflitos e expressar suas emoções. Isso pode levar a problemas de comunicação, agressividade e dificuldade de lidar com frustrações na vida adulta.


Construindo Alternativas Positivas


  • Respiração e Autocontrole: Antes de reagir a qualquer situação com raiva ou frustração, é fundamental que os pais pratiquem técnicas de respiração e autocontrole. Isso os ajudará a se acalmar e tomar decisões mais racionais e assertivas.


  • Comunicação empática: É importante ouvir as crianças com atenção e tentar entender suas perspectivas e sentimentos. Valide as emoções delas, mesmo que discorde do comportamento. Utilize a comunicação verbal e não verbal para demonstrar empatia e apoio.


  • Diálogo aberto e honesto: Crie um ambiente seguro e acolhedor para o diálogo aberto e honesto com seus filhos. Incentive-os a expressarem seus sentimentos, pensamentos e preocupações sem medo de julgamentos ou represálias.


  • Estabelecimento de limites claros: Defina regras e limites claros para o comportamento das crianças, de forma consistente e adequada à idade delas. Explique as consequências do mau comportamento e seja firme na aplicação das regras, sem recorrer a gritos ou punições severas.


  • Recompensas e reconhecimento positivo: Em vez de focar apenas nas punições, utilize recompensas e reconhecimento positivo para reforçar o bom comportamento das crianças. Elogie seus esforços, conquistas e atitudes positivas, criando um ambiente motivador e encorajador.


  • Cuidados pessoais e busca por ajuda: Pais que se sentem estressados, ansiosos ou sobrecarregados com as responsabilidades da criação de filhos devem buscar ajuda profissional. e em nossa área de conhecimento no qual é a Psicanálise, podemos oferecer escuta eficaz para lidar com as emoções de forma mais saudável melhorando assim a comunicação e disciplina.


Lembre-se sempre


Evitar gritar com os filhos não é uma tarefa fácil, mas é um esforço que vale a pena para o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável das crianças, assim como para a construção de um relacionamento familiar mais forte e amoroso. Ao adotar práticas de comunicação positiva, disciplina baseada no respeito mútuo e autocuidado, os pais podem criar um ambiente familiar mais harmonioso e propício para o crescimento feliz e saudável de seus filhos.


Você não está sozinho nesse desafio! Existem diversos recursos disponíveis para auxiliar pais na jornada da criação de filhos com mais amor, respeito e comunicação não violenta. Busque apoio em grupos de pais, profissionais da área da saúde mental ou em livros e materiais informativos sobre parentalidade positiva.


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1 commento


Ok nao vou gritar com minha neta Israel

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