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Dissonância Cognitiva e os narcisistas


Este artigo tem a pretensão de popularizar o conceito de dissonância cognitiva a fim de que tanto ao versado quanto ao ignorante possam ser capazes de entender do que se trata. Não é portanto uma tentativa de tornar o assunto simplista mas simplificá-lo para maior alcance e auxílio à pessoas que necessitam de entendimento no assunto.


O conceito de dissonância cognitiva tem a ver com a necessidade que todos temos de encontrar coerência e sentido em tudo que ouvimos, fazemos, falamos ou pensamos, isto é, em tudo que envolve o processo cognitivo.


Para quem não sabe o que cognitivo significa, é simples: É a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento tendo como base um conjunto de habilidades mentais e cerebrais tais como memória, associações, raciocínio, imaginação e juízo.


De uma maneira mais simples ainda é como se você assistisse uma aula de culinária e pudesse repetir a receita simplesmente porque você assistiu a aula com a devida atenção, tomou suas notas e fez suas próprias observações e por fim partiu para a fase prática, fazendo o bolo, a torta ou o prato predileto.


Neste caso acima, vimos que a audição, a visão, o olfato, o paladar e o tato estiveram presentes e essenciais na aula porém se não houver inteligência o suficiente para processar todas as informações recebidas, organizá-las e as pô-las em prática, de nada adiantará. Sendo assim, o processo cognitivo é um elemento de integração na percepção que nos é inserida através dos sentidos.


Esta teoria foi primeiramente formalizada pelo Psicólogo Leon Festinger em 1957 quando descreveu que todo indivíduo passa por um processo de conflito no quesito tomada de decisões. Em suma, temos sempre que decidir entre esquerda e direita, branco ou preto, acima, abaixo, idas e vindas, enfim sempre entre uma coisa e outra.


Este julgamento é processado pelo cérebro de uma forma natural porém quando nos é apresentada uma opção que nos confunde devido a se chocar contra aquilo que aprendemos ora por tradição oral ou escrita na sociedade e pelos nossos pais tais como valores e princípios morais e éticos, tendemos a criar uma terceira opção para que o cérebro de adeque e não tenhamos a perda da razão.


Um exemplo simples: Imagine um grupo de pessoas que fazem parte de uma seita de lunáticos que acreditam que o mundo será visitado por duendes alienígenas e eles raptarão os seguidores da seita a fim de levá-los à um tipo de paraíso. Porém tudo o que foi previsto para acontecer acaba nunca acontecendo.

Na mente de quem passa por uma situação como esta só pode existir duas verdades:

Eu acreditei em tudo isso mas nada disso é verdade. Fui enganado.


O problema é que quando beiramos a loucura o cérebro automaticamente cria uma terceira opção para que consigamos manter as faculdades mentais trabalhando normalmente, isto é, fazer as coisas do cotidiano sem quaisquer distúrbios.

Sendo assim, algumas destas pessoas racionalizam o seu próprio engano acreditando que talvez, os alienígenas tenham mudado de ideia ou prorrogado a visitação. Nisto se constitui a dissonância cognitiva. Porém muitas pessoas acordam desse transe e passam por problemas psicológicos sérios tais como fobias, crises de ansiedade e estresse pós traumático complexo.


No escopo do abuso narcisista a coisa funciona mais ou menos assim. Eles prometem e fazem coisas que muitas vezes nunca se concretizam e por isso vivem inventando desculpas para o não cumprimento de uma promessa ou juramento.


Para que não caiamos no engodo dos narcisistas, precisamos encarar a realidade dos fatos, dando nomes aos bois e aprender a dizer não quando for extremamente necessário bem como o sim.




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