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Narcisistas e o sentido das coisas



Qual o sentido da vida de um narcisista para ele mesmo?


Essa foi uma das perguntas de uma assinante do canal que achei muito pertinente trazer para reflexão. Pertence à série de lives com o título “Narcisistas e o sentido das coisas”. Esse assunto foi abordado em 8 lives. Vou deixar o link da primeira abaixo.


O sentido da vida para um narcisista seria mais ou menos assim: “tudo está no lugar onde deveria estar”. Por isso podemos observar algumas situações onde tudo vai desmoronando por causa das mentiras e manipulações que eles fazem por objetivos próprios, quando enfim, começa a dar tudo errado, entre os escombros, eles são capazes de “sentar e comer um lanchinho” e dizer que está tudo bem. Mesmo diante da destruição dos sonhos dos outros, que acreditaram no prometido, eles não assumem nenhuma responsabilidade e nem oferecem reparação de danos.


O sentido da vida para o narcisista não faz sentido aos olhos daquele que tem empatia, enxerga e respeita o outro e acredita que um ‘verdadeiro sentido’ é algo que vai trazer benefício para todos.



Voltar para si é um caminho para o autoconhecimento


A vida ao lado de uma pessoa que tem o transtorno narcisista é envolvida num condicionamento muito intenso e essa pessoa, que chamamos de vítima, não consegue sequer ter um vislumbre de liberdade. A liberdade seria voltar a ser quem era antes de conhecer esse predador. Tudo fica rodeado de medo e os sentimentos não são nomeados mais conforme sua própria razão e sim conforme o outro define que você seja.


Isso é muito forte, mas precisa ser dito. A dinâmica numa relação narcisista faz com que a vítima não tenha mais confiança em si mesmo e não acredite mais em sua intuição.

Quando acredita-se que a verdade é o que o ‘outro’ diz, pode acontecer uma atrofia do hipocampo exatamente por falta de uso. O hipocampo é o bloquinho de notas diário, é preciso que esteja funcionando muito bem, os neurônios trabalhando com a energia devida, juntamente com a percepção e a memória para que se possa gravar as coisas, consolidar, desenvolver comportamentos e adaptabilidade para resolução de conflitos. Quando essa região está comprometida, a pessoa aceita o que lhe é dito sem analisar os fatos. É um engano.


Quanto mais crédito o narcisista tiver, mais poderá deliberadamente fazer o que quiser sem ser questionado.


Sobre a importância de nomear um sentimento, quando você dá nome a algo, você praticamente se apropria daquilo. Saber o que está sentindo é muito importante. Em terapia é comum a pergunta: ‘e o que você sentiu naquele momento…?’ Identificar os sentimentos é uma chave poderosa para clarear o pensamento. Dependendo de como foi o desenvolvimento da pessoa na infância pode surgir mais dificuldade nesse processo. Se não foi dada a oportunidade para a criança se expressar, a representação em palavras das emoções na vida adulta pode trazer um entendimento e um caminho para o amadurecimento.



A família é a primeira e a mais importante fonte de identidade e apoio emocional, além de proporcionar suprimento com objetivo de amparar as necessidades básicas, oferecer segurança e abrigo. A dependência de um núcleo familiar é longa, comparada a outros animais.

O plano emocional se desenvolverá de acordo com as experiências inaugurais da infância. A personalidade pode trazer reflexos da disfunção gerada no ambiente em que a criança é exposta e conforme o apoio recebido. Se a criança experimenta de forma satisfatória a liberdade de sentir e receber suporte, vai lidar de forma diferente daquela a qual lhe é podado esse direito. Como consequência disso, a manifestação da dificuldade em estabelecer relações de confiança pode perdurar uma vida toda.


No relacionamento com narcisista patológico, no início há toda uma conquista e depois se dá o início dos abusos. Pode-se afirmar que “o abuso é parte integrante e inseparável do Transtorno de Personalidade Narcisista”.


Voltar à sua história vai ajudar muito a entender o presente. Ao relembrar situações do passado pode se dar conta de ambientes familiares na atualidade e lembrem-se, ambiente familiar não significa que é seguro e bom. Se você veio de uma família disfuncional há um trabalho importante a desenvolver, de preferência, com acompanhamento de um profissional da área.


O querer tem que ser maior do que outras coisas que estão te impedindo de realizar o seu desejo.


Não há limite de idade para aprender.


Confira a sequência desse assunto, esse é o link da PARTE I (28/05/2023)



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